O Ministro do Interior de Brandemburgo pede rejeições: um apelo à dureza

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O Ministro do Interior de Brandemburgo, Wilke, apoia a rejeição de asilo na fronteira com a Polónia, apesar das preocupações jurídicas e da decisão.

Brandenburgs Innenminister Wilke unterstützt Asyl-Zurückweisungen an der Grenze zu Polen, trotz rechtlichen Bedenken und Urteil.
O Ministro do Interior de Brandemburgo, Wilke, apoia a rejeição de asilo na fronteira com a Polónia, apesar das preocupações jurídicas e da decisão.

O Ministro do Interior de Brandemburgo pede rejeições: um apelo à dureza

Num debate actual sobre a política de asilo em Brandemburgo, o Ministro do Interior René Wilke (independente) confirmou hoje as medidas para rejeitar requerentes de asilo na fronteira com a Polónia. Após a Conferência dos Ministros do Interior em Bremerhaven, ele descreveu estas rejeições como necessárias devido à falta de regulamentos vinculativos com os estados da UE. Isto acontece no contexto de uma decisão do Tribunal Administrativo de Berlim, que declarou inadmissíveis as rejeições na fronteira. Wilke argumenta que a falta de regulamentações adequadas exige instruções claras e apoia as diretrizes mais rígidas adotadas pelos ministros do Interior federais e estaduais. De acordo com rbb24, foram registadas cerca de 25.000 rejeições neste contexto, bem como cerca de 1.000 apreensões por contrabandistas.

Apesar do declínio no número de requerentes de asilo, que as organizações de refugiados atribuem a outras causas, como a tensa situação de segurança na Síria, a discussão sobre a base jurídica continua acalorada. O Ministro Federal do Interior, Alexander Dobrindt (CSU), mantém as rejeições, apesar das preocupações legais. Dobrindt enfatizou que os controlos nas fronteiras alemãs foram reforçados e que a decisão de Berlim não o impedirá de continuar com as medidas. Isto também foi criticado na mídia como uma violação da lei, especialmente por Michael Kellner (Verdes), enquanto Lena Kotré (AfD) vê os passos do governo federal como um passo na direção certa.

Situação jurídica e procedimento de Dublim

A referida decisão do Tribunal Administrativo de Berlim declarou ilegal a rejeição de três requerentes de asilo somalis porque a Polícia Federal agiu sem levar a cabo o procedimento de Dublin. De acordo com ZDF, é essencial que seja primeiro esclarecido qual Estado-Membro da UE é responsável pelo procedimento de asilo. O Regulamento Dublin III estabelece que os pedidos de asilo só podem ser examinados pelo país em que o requerente de asilo entrou pela primeira vez. Estes regulamentos destinam-se a controlar a migração secundária dentro da Europa e estipulam que a rejeição não é permitida sem esclarecimento prévio da responsabilidade.

O próprio procedimento de Dublim é um elemento crucial da política europeia de asilo. O procedimento foi concebido para garantir que cada pedido de asilo seja considerado apenas por um Estado-Membro. As solicitações são apresentadas em uma das filiais da Secretaria Federal ou em um centro de chegada, onde é determinado o país responsável. Como explica [bamf.de](https://www.bamf.de/DE/Themen/AsylFluechtlingsschutz/AblaufAsylverfahrens/Dublin procedure/dublin procedure-node.html), os requerentes de asilo que apresentam um pedido de asilo em solo alemão não podem ser rejeitados sem a realização do procedimento de Dublin.

Consequências para os passageiros e a política

As medidas mais rigorosas na fronteira não afectam apenas os requerentes de asilo, mas também os viajantes provenientes da Polónia. Wilke expressou cepticismo em relação aos controlos anunciados no lado polaco, que estão planeados em resposta às rejeições alemãs. Estes controlos também afetam cerca de 12 000 passageiros diários provenientes da Polónia, o que provoca perturbações significativas no tráfego fronteiriço. A fim de reduzir a carga sobre estes passageiros, o primeiro-ministro de Brandemburgo, Dietmar Woidke (SPD), planeia criar uma terceira faixa na Autobahn 12.

Globalmente, o debate sobre o asilo na Alemanha e especialmente em Brandemburgo está a tornar-se cada vez mais acalorado. O quadro jurídico é complexo e as opiniões sobre o caminho certo estão fortemente divididas. Enquanto alguns políticos defendem políticas de migração mais rigorosas, outros consideram necessário ter em conta os aspectos humanitários. Nesta situação mista, resta saber como a situação evoluirá nas próximas semanas.